sábado, 15 de novembro de 2014

O VALOR DO TEMPO


Quem faz do tempo um passatempo fútil, sem dar ao tempo o seu valor devido, há de chorar, com o tempo, arrependido, por ter perdido tempo em vida inútil.


Por pouco tempo o tempo nos foi dado, para que, nele, tempo não percamos, parando tempo em planos que sonhamos, sem nada, em tempo, termos realizado.

O tempo corre e esvai-se qual fumaça, e é bom saber usá-lo antes que acabe, pois não retorna mais depois que passa.

E quem o tempo seu usar não quis, há de se arrepender porque bem sabe, que no tempo deixou de ser feliz. 
Sá de Freitas

Esse texto sempre me encanta, por isso torno a publicar...

Há uma lenda na China que conta que uma jovem chamada Lin, se casou e foi viver com o marido na casa da sogra. Depois de algum tempo, começou a ver que não se adaptava à sogra.

Os temperamentos eram muito diferentes e Lin se irritava com os hábitos e costumes da sogra, que a criticava cada vez mais com insistência. Com o passar dos meses, as coisas foram piorando, a ponto de a vida se tornar insuportável. No entanto, segundo as tradições antigas da China, a nora tem que estar sempre a serviço da sogra e obedecer-lhe em tudo, mas Lin, não suportando por mais tempo a ideia de viver com a sogra, tomou a decisão de ir consultar um Mestre, velho amigo do seu pai.

Depois de ouvir a jovem, o Mestre Huang pegou num ramalhete de ervas medicinais e disse-lhe: - “Para te livrares da tua sogra, não as deves usar de uma só vez, pois isso poderia causar suspeitas. Vais misturá-las com a comida, pouco a pouco, dia após dia, e assim ela vai-se envenenando lentamente. Mas, para teres a certeza de que, quando ela morrer, ninguém suspeitará de ti, deverás ter muito cuidado em tratá-la sempre com muita amizade. Não discutas e ajuda-a a resolver os seus problemas”.

Lin respondeu: Obrigado, Mestre Huang, farei tudo o que me recomenda”. Lin ficou muito contente e voltou entusiasmada com o projeto de assassinar a sogra. Durante várias semanas Lin serviu, dia sim, dia não, uma refeição preparada especialmente para a sogra. E tinha sempre presente a recomendação de Mestre Huang para evitar suspeitas: controlava o temperamento, obedecia à sogra em tudo e tratava-a como se fosse a sua própria mãe.

Passados seis meses, toda a família estava mudada. Lin controlava bem o seu temperamento e quase nunca se aborrecia. Durantes estes meses, não teve uma única discussão com a sogra, que também se mostrava muito mais amável e mais fácil de tratar com ela.

As atitudes da sogra também mudaram e ambas passaram a tratar-se como mãe e filha. Certo dia, Lin foi procurar o Mestre Huang, para lhe pedir ajuda e disse-lhe:

“Mestre, por favor, ajude-me a evitar que o veneno venha a matar a minha sogra. É que ela transformou-se numa mulher agradável e gosto dela como se fosse a minha mãe. Não quero que ela morra por causa do veneno que lhe dou.”

Mestre Huang sorriu e abanou a cabeça: “Lin, não te preocupes. A tua sogra não mudou. Quem mudou foste tu. As ervas que te dei são vitaminas para melhorar a saúde. O veneno estava nas tuas atitudes, mas foi sendo substituído pelo amor e carinho que lhe começaste a dedicar”.

Na China, há um provérbio que diz: “A pessoa que ama os outros também será amada”.E os árabes têm outro provérbio: “O nosso inimigo não é aquele que nos odeia, mas aquele que nós odiamos”.

As pessoas que mais nos dão dor de cabeça hoje poderão vir a ser as que mais nos darão alegrias no futuro. Invista nelas, cative-as, ouça-as, cruze seu mundo com o mundo delas. Plante sementes. Não espere o resultado imediato, colha com paciência.


Esse é o único investimento que jamais se perde. Se as pessoas não ganharem, você, pelo menos, ganhará: paz interior, experiência e consciência de que fez o melhor.
Quando lesamos alguém, esse alguém se recompõe antes que possamos nos recompor a nós mesmos. André Luiz.
A maior parte dos dramas que se promovem no seio familiar é produto inequívoco das incompreensões mútuas ou, mais precisamente ainda, da falta absoluta de conhecimento, sobre os elementos básicos que configuram o edifício das relações matrimoniais. Dramas que muitas vezes degeneram em tragédias ou separações definitivas, quando o amor-próprio, sempre acompanhado de intolerância, violência, obstinação, oprime o amor até asfixiá-lo, esse mesmo amor que um e outro entre si juraram como eterno.
Existem muitíssimos casamentos que se mantêm de pé, apesar dos vendavais que suportam. Entretanto, aqueles que protagonizam esses casamentos raramente superaram os conflitos provenientes da disparidade de caracteres, mediante o respeito consciente aos princípios que regem a vida matrimonial.

Encarar com êxito a grande experiência do matrimônio pressupõe um conhecimento cabal da magna arquitetura espiritual que estrutura suas bases morais com fórmulas e regras sublimes de conduta; fórmulas que enobrecem a alma dos seres embelezam o panorama da vida conjugal, dignificam a espécie e abrem, para os corações humanos, as portas da confiança  nos  desígnios  do  sentimento, tantas vezes menosprezado e ultrajado pela incompreensão. Carlos Bernardo González Pecotche
"Muitas vezes nossos erros nos beneficiam mais do que nossos acertos. As façanhas enchem o coração de presunção perigosa; os erros obrigam o homem a recolher-se em si mesmo e devolvem-lhe aquela prudência de que os sucessos o privaram." François Fénelon