sexta-feira, 24 de julho de 2009



Contam as tradições populares da Índia, que existia uma serpente venenosa em certo campo. Ninguém se aventurava a passar por lá, receando-lhe o assalto. Mas um santo homem, a serviço de Deus, buscou a região, mais confiado no Senhor que em si mesmo. A serpente o atacou, desrespeitosa. Ele dominou-a, porém, com o olhar sereno e falou:

- Minha irmã, é da Lei que não façamos mal a ninguém. A víbora recolheu-se, envergonhada.
Continuou o sábio o seu caminho e a serpente modificou-se completamente. Procurou os lugares habitados pelo homem, como desejosa de reparar os antigos crimes. Mostrou-se integralmente pacífica, mas desde então, começaram a abusar dela. Quando lhe identificaram a submissão absoluta, homens, mulheres e crianças davam-lhe pedradas. A infeliz recolheu-se à toca, desalentada.
Vivia aflita, medrosa, Desanimada. Eis, porém, que o santo voltou pelo mesmo caminho e deliberou visitá-la. Espantou-se, observando tamanha ruína. A serpente contou-lhe, então, a história amargurada. Desejava ser BOA, afável e carinhosa, mas as criaturas perseguiam-na e apedrejavam-na. O sábio pensou, pensou e respondeu após ouvi-la:

- Mas, minha irmã, houve um ENGANO de tua parte. Aconselhei-te a não morderes ninguém, a não praticares o assassínio e a perseguição, mas não te disse que evitasses de assustar os MAUS. Não ataques criaturas de DEUS, nossas irmãs no mesmo caminho da vida, mas defende a tua cooperação na obra do Senhor.
Não mordas, nem firas, MAS É PRECISO MANTER O PERVERSO A DISTÂNCIA, MOSTRANDO-LHE OS TEUS DENTES E EMITINDO OS TEUS SILVOS.
Livro “OS MENSAGEIROS” Ditado pelo Espírito de André Luiz

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