quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O tempo do tempo


Não atropele o tempo do tempo.
Se você já semeou, agora é esperar as sementes germinarem. Se já teve o primeiro encontro, é aguardar as emoções aflorarem. Se já saiu na chuva, se descobriu o calor e passou pelo frio, é tempo de observar da janela da vida o tempo passar,  como ás águas do rio...
Não coma as palavras, respire.
Não fale o que vier na telha, pense.
Não se atrapalhe com mil pensamentos, medite. Não se envolva com energias negativas, ore.
Não perturbe o seu coração, confie.
Não se orgulhe de nada, nem do bem e nem do mau. Apenas dirija o seu barco, seja o capitão da sua nau. Observe as pessoas correndo, vão apressadas para o nada. Não entre nessa fila, tenha uma direção, não vá com a manada. Saia mais cedo e contemple o dia.A noite enluarada, cheia de estrelas, é a vida.
Vida que pede tempo para se apresentar e te mostrar.  Que você é o próprio tempo que se refaz a cada segundo em que se amar.
É tempo de deixar o tempo agir, ser, estar e prosseguir,
com a certeza de que o tempo não age contra ninguém,
é aliado amigo de quem sabe como seguir bem.

Paulo Roberto Gaefke

Liberdade...



A liberdade exterior depende da sociedade em que vivemos com as suas normas rígidas ou flexíveis de conduta. Assim, a nossa liberdade se exerce dentro dos limites traçados pela lei, pelos costumes e pela moral.
            É difícil o homem saber o que ele realmente é, pois está soterrado numa confusão de normas e valores, que o tornam um autômato social. Por isso, para ser livre interiormente, importa que ele descubra quem ele é para buscar ser o que é. Ele é aquilo de que necessita e nada pode fazer para mudar suas necessidades reais e, sim, compatibilizá-las, quanto à sua satisfação, ao contexto sociocultural onde vive. Liberdade não é fazer tudo o que se quer, mas tudo o que se pode e o que se deve. A liberdade não está na vontade em si, mas no exercício da vontade segundo as conveniências e as circunstâncias.
A liberdade consiste também na livre obediência. Obediência porque se quer obedecer e não porque se é obrigado a obedecer. A obediência compulsória não passa de sujeição, de escravidão. A obediência voluntária, ao contrário, é um ato de liberdade.
Valter da Rosa Borges