sábado, 19 de março de 2011


É possível voltar à inocência, quer dizer, à pureza no pensar, no sentir, no proceder e, adicionemos também, no tratamento que dispensamos a nós mesmos. E dizemos a nós mesmos porque é preciso saber que há uma vida de relação própria, uma vida íntima que pertence única e particularmente a cada um. Ali, nesse íntimo enlace entre a consciência, o coração e a mente é onde se está perante o juízo que nos interroga e onde todo ser delibera sobre a natureza e o alcance de suas decisões. É justamente nessa vida de relação consigo mesmo que se deve cultivar a pureza fertilizante e ativa que depura o campo mental, permitindo que se dêem à luz os pensamentos mais nobres e fecundos, capazes de operar verdadeiros prodígios no interior do ser, como o de conduzi-lo a insuspeitadas metas do conhecimento.
Carlos Bernardo González Pecotche

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