terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O perdão a luz do espiritismo


Um rapaz procurou um padre e, em confissão, disse-lhe que carregava um grave pecado.
- Fala, filho, fala. Diz o teu pecado, que a misericórdia divina te absolverá.
O rapaz ficou silencioso, como sob o peso formidável de sua culpa. Após um suspiro disse:
- Padre, roubei, porque tinha fome. E isso está me atormentando a consciência.
O velho vigário, após ouvi-lo disse:
- Você esqueceu-se das bênçãos do trabalho. Pedir é melhor que roubar. Sempre encontramos uma alma caridosa que nos estende a mão.
- Eu sei seu padre. Por isso estou aqui. Lembro-me dos ensinamentos de minha santa mãe, e me envergonho do que fiz.
O padre sentiu em seu depoimento, um verdadeiro arrependimento. Então disse:
- Filho! Vá para casa, e reze um terço de manhã, outro a tarde e outro a noite por um mês. Fazendo isso, você estará perdoado. Vá à santa paz de Deus! E não peques mais.
O rapaz saiu aliviado, acreditando que estava realmente livre do seu "pecado".

Mas, para nós espíritas não basta o arrependimento para recebermos o perdão. É apenas o primeiro passo na árdua jornada da reabilitação, em favor da qual não bastam penitências, ritos, ou rezas.
Aquele que ofendeu alguém e recebe absolvições por ter orado, repetidamente, um certo número de vezes, determinado pelo sacerdote, fica com a estrada livre para novos desatinos. Nesse tipo de perdão, vemos visível estímulo a novos erros, novos enganos, novas ilusões.
O perdão que o Espiritismo e os amigos espirituais preconizam em verdade não é de fácil execução.
Requer muito boa-vontade.
Demanda esforço - esforço continuado, persistente.
Reclama perseverança.
Pede tenacidade.
É de fundamental importância que o mal seja reparado através da dor ou do amor.
Da dor é o pagamento das dívidas através dos resgates.
Do amor é através da caridade que estendermos ao próximo: “o amor cobre (elimina) multidões de pecados (dívidas)”.
Qual método escolheremos para pagar nossas dívidas?

Fonte: http://mocidadeallankardec.blogspot.com.br/

Um comentário:

  1. O amor é sempre o melhor caminho. No entanto,temos muitas dificuldades de amar o próximo. Dificuldades traduzidas nos preconceitos, nas ideias equivocadas, nas aparências, na resistência a mudanças. Deixemos tudo isso de lado a vamos praticar o amor ao próximo. Se Deus perdoa e ama a todos, porque nós não podemos amar e perdoar.
    Luiz C.França

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